Assista agora ao documentário “Mataram a Irmã Dorothy”. Um oferecimento do programa TV Bancários na TV Comunitária de Brasília. A produção corrobora com o debate sobre a situação da Amazônia.
A Irmã Dorothy Mae Stang foi assassinada em 2005 com seis tiros a queima-roupa, aos 73 anos de idade, em uma estrada de terra de difícil acesso no interior do município de Anapu, no Estado do Pará. Seu assassinato ocorreu a mando de grileiros e madeireiros da região que já a ameaçavam há muito tempo por seu compromisso com a defesa da terra e dos direitos humanos.
Nascida nos Estados Unidos em 1931 e naturalizada brasileira,Dorothy fazia parte das Irmãs de Nossa Senhora de Namur, uma congregação com mais de duas mil integrantes que realizam trabalho pastoral nos cinco continentes. Foi em 1966 que ela decidiu mudar-se para o Brasil. Chegou primeiro ao Maranhão, onde se dedicou às comunidades eclesiais de base, e, em 1974,Irmã Dorothy mudou-se para o Pará, onde ajudou a estabelecer aComissão Pastoral da Terra na diocese de Marabá.
Em 1982, vai para Anapu, onde quase 90% do município é formado por terras pertencentes à União. Lá, sua atividade pastoral e missionária busca a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável, além da luta pela reforma agrária, com uma intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Amazônia, crimes sempre denunciados por ela.