Em apresentação especial do programa Brasília Notícias, na sexta,13 de maio, a jornalista e coordenadora do Coletivo Motirõ, Izabella Moura, recebeu a psicóloga Beatriz de Paula para falar sobre as ações da Casa Cure, um dos braços do Coletivo Motirõ de Samambaia Sul, em prol das mulheres, tendo por foco a superação da mulher vítima de violência.

De acordo com a psicóloga Beatriz de Paula, o projeto Cure nasceu há três anos com o intuito de cuidar de mulheres que sofreram ou estavam sofrendo algum tipo de violência, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. “A ideia sempre foi oferecer um cuidado integral que abarca o físico, o emocional e o espiritual dessa pessoa. A gente percebe que o trauma da violência impacta em diversas áreas da vida dessa mulher. Então o objetivo sempre foi levantar uma equipe de voluntários multiprofissionais para cuidar dessa mulher”, explica.

A jornalista Izabella Moura destaca que o Coletivo Motirõ conta também com projetos de artes maciais, além de uma série de outras iniciativas sociais que acontecem por lá, tais como aula de Inglês e cursos de capacitação profissional.

O Coletivo Motirõ é uma organização de voluntários sem fins lucrativos que serve a cidade por meio de projetos e parcerias com escolas públicas do DF, visando a construção de uma sociedade mais justa e igualitária a partir da revolução na comunidade escolar. Hoje tem uma rede com mais de 200 profissionais voluntários, prontos para atuar em diversas áreas. Onde o Estado não chega o Motirõ atua.

O Coletivo promove ações nas escolas públicas em nossa cidade, dando apoio aos professores e cuidando dos alunos com depressão, ideação suicida, automutilação, abusos diversos, drogas e síndromes variadas. O Motirõ oferece com oficinas nas áreas de empreendedorismo, Rap, dança, artes marciais, grafite…etc, e com atendimentos psicológicos com terapias em grupos para alunos e pais e atendimento clínico no escritório.

Vale ressaltar que Motirõ é um termo de origem tupi-guarani que significa reunião de pessoas com uma finalidade coletiva.

A psicóloga Beatriz de Paula reforça que a Casa Cure precisa de psicólogos e psiquiatras. “Se você deseja se voluntariar para os nossos projetos, pode nos procurar e nossas redes sociais”, enfatiza a psicóloga.

Segundo Beatriz de Paula, os últimos três anos foram essenciais para os profissionais da Casa Cure do Coletivo Motirõ observarem as demandas que abarcam o universo feminino, como a questão da violência. “Hoje nós temos um espaço para falar sobre a questão da violência contra a mulher e quanto mais a gente fala sobre esse tema, que de certa forma está deixando de ser um mito, mais a gente combate”, esclarece.

A psicóloga diz ainda que durante os projetos, as pessoas sempre chegavam nela questionando e dizendo que ela prestando um relevante serviço a um setor vulnerável na sociedade. “As pessoas me diziam que era um nicho muito vulnerável, o discurso que eu ouvia era carregado de vitimismo.

A gente sabe que a pessoa que sofre violência é uma vítima, mas ela não é só isso. Não podemos parar nesse lugar, porque quando paramos nesse lugar, não vamos para aquilo que chamamos de cura, o trauma em si não é tratado”, alerta. A nossa meta e que vem obtendo sucesso, diz, é superar o vitimismo e empoderar a mulher para ter uma vida melhor.

Assista todos os assuntos abordados neste bate papo aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=eex2zwYDN8U

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