O programa Quadradinho Cult, de quarta-feira (29), recebeu uma das figuras mais importantes para cena teatral do Distrito Federal, José Regino. Ator, diretor e palhaço, ele conta um pouquinho de sua trajetória e fala sobre o teatro para bebês e a arte da palhaçaria. A entrevista ficou por conta da jornalista e atriz Larissa Sarmento.
O diretor e palhaço Zé Regino ressalta que a arte do palhaço já iniciou assim que começou a fazer teatro. “Eu me tornei palhaço por necessidade e curiosidade. O palhaço é esse elemento que me mantém. Eu falo que se eu não precisasse fazer mais nada no teatro, eu continuaria fazendo meu palhaço muito satisfeito e feliz”, afirma.
Zé Regino menciona que veio da periferia e por esse motivo, faz questão de honrar sua origem. “O meu trabalho é todo pensado para acontecer em qualquer lugar, principalmente nos lugares alternativos”. Regino diz ainda que o teatro para bebês é um compartilhamento de experiencias de vida.
“Nos meus espetáculos, os bebês são coautores. Eles vão dizendo se está ok ou não”, pontua o ator. Segundo Zé Regino, não é porque a cena ficou legal e os bebês curtiram que ela vai funcionar com várias crianças juntas em um mesmo espaço. “Uma coisa que a gente aprende fazendo teatro para bebês, é que temos que estar prontos para jogar determinada cena fora ou mudar todo o roteiro”, revela.
De acordo com Regino, há uma diferença muito grande entre teatro para bebês e teatro infantil. “A gente não pode confundir. A neurociência já provou que até os três anos e meio de idade, a criança aprende muito pela apreciação e contemplação”, explica Zé Regino.
Segundo o ator, é um público altamente atento. “Ao contrário do que a gente pensa, a observação deles é muito maior e mais rápida do que a nossa. Eles não observam somente as cores e os sons, eles observam o todo”, enfatiza.
Ao final da edição, Zé Regino deixa uma dica: “Toda vez que você tiver em uma situação que não tenha saída, se afaste e procure algo que te faça rir. O riso é uma meditação”, pontua.
“Quando quiser falar algo para alguém que seja difícil, comece com um comentário cômico e você vai ver como aproxima as relações. O riso é uma linguagem universal e faz bem para o coração”, completa.
Siga o entrevistado nas redes sociais:
@Josereginoo
Grupo de Teatro: @celeirodasantas
Confira esta edição completa: