Ancorado pela jornalista e atriz Larissa Sarmento, o Quadradinho Cult recebeu na terça-feira (6/9/22), participantes da 8ª Mostra o Clown para um bate-papo sobre o festival e a arte do palhaço. Entre eles os artistas André Muller, Demian Reis, Ana Luiza Bellacosta e Elisa Carneiro.

A 8ª Mostra o Clown está em cartaz desde o dia 2 de setembro, com apresentações no Teatro Galpão do Riso e também nas ruas e praças de Samambaia, Riacho Fundo, Sol Nascente, Taguatinga, Ceilândia e Recanto das Emas.

É uma mostra com espetáculos abertos para a comunidade e escolas com apresentações nas praças e até mesmo cortejo pelas ruas.

O palhaço e ator André Muller destaca que a ideia do projeto é colocar palhaços iniciantes e experientes trabalhando juntos para fazerem uma troca de saberes. “Queremos integrar os palhaços de todo o Brasil para que haja essa troca que é imprescindível para a arte”, esclarece.

Segundo André Muller, toda mostra tem um tema pedagógico. O tema desse ano é Palhaço Chamego. “Os espetáculos também vão para as escolas então ele tem esse caráter educativo”, completa.

De acordo com o ator, escritor e palhaço Demian Reis, O Palhaço Chamego é interpretado na verdade por uma mulher. “É um documentário que se chama A minha Avó era Palhaço. O fato de ser realmente nomeado como palhaço, é porque na época não era aceito que mulheres fizessem a figura do palhaço no circo”, revela.

Segundo Demian Reis, A minha Avó era Palhaço se trata de uma mulher pioneira, ocupando o espaço que era destinado unicamente aos homens. “Ela era pioneira na arte do riso, mas não pode trazer a dramaturgia feminina porque para ser aceita dentro do circo como palhaça, ela teria que criar uma figura masculina senão isso nunca iria acontecer. Ela preferiu fazer um palhaço e brincar”, explica.

Ana Luiza Bellacosta que é palhaça e atriz menciona que está muito feliz em apresentar esse espetáculo que, segundo ela, é superleve e faz o uso de várias paródias que o próprio grupo compôs.

“Fazemos também algumas reprises com os nossos números clássicos da palhaçaria. Temos números que criamos a partir das nossas vivências trabalhando como palhaços em hospitais e temos as parodias que criamos juntos, que são as músicas de abertura”, conta. “Nesse espetáculo a gente só que ser amado e fazer as pessoas felizes”, completa.

Já a palhaça e atriz Elisa Carneiro diz que esse espetáculo é bem volátil pois, a cada experiência vivida pelos integrantes, é possível mudar algumas coisas do espetáculo. “Para mim, esse espetáculo é muito especial porque podemos apresentá-lo na nossa cidade com várias pessoas diferentes, até pessoas de outros estados que estão vindo prestigiar”, reforça.

Confira esse bate papo completo aqui:

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