Data de atualização do CadÚnico para receber benefícios terminaria nesta sexta (14), mas 263 mil pessoas não foram atendidas, fizeram imensas filas e governo foi obrigado a prolongar prazo 

Publicado: 14 Outubro, 2022 – 12h24

Escrito por: Redação CUT / Rosely Rocha 

Fila do CadÚnico em Pernambuco, em 2021

A má-gestão do governo de Jair Bolsonaro (PL), que não se preparou para atender os milhares de brasileiros e brasileiras que estão na miséria, provocou filas imensas de pessoas, que dormiram até nas ruas, em frente aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios do interior e nas capitais, para tentar atualizar os dados no  Cadastro Único (CadÚnico).

Pelo menos 263 mil pessoas não conseguiram atualizar os dados no CadÚnico no prazo, que terminaria nesta sexta-feira (14) e corriam o risco de perder benefícios como o Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), entre outros concedidos às famílias de baixa renda.

A fila da miséria, que expôs milhares de brasileiros ao sufoco e a humilhação, obrigou o Ministério da Cidadania, pasta responsável pelo cadastro, a  prorrogar o prazo final por mais 30 dias. No entanto, quem está na fila não recebeu essa informação e permanece esperando uma senha e o agendamento. Há locais em que o número de senhas é muito menor do que a fila, obrigando pessoas a permanecerem no local até por mais de 52 horas, segundo o portal G1.

As famílias são obrigadas a atualizar seus cadastros  a cada dois anos ou toda vez que um membro da família morre, nasce ou há separação, casamento e mudança de endereço.

Neste ano, apenas as famílias com cadastros que foram atualizados pela última vez em 2016 ou 2017 foram convocadas para atualizar os dados no Cadastro Único. As famílias que atualizaram dados pela última vez em 2018 ou 2019 serão convocadas nos próximos anos.

Documentos necessários e onde atualizar o CadÚnico

O beneficiário pode ir a um Cras ou posto do Cadastro Único para atualizar seus dados. Mas, os governos federal ou municipal também podem convocar as famílias, por meio de cartas, extratos ou telefonemas, a fazer a atualização.

O Responsável Familiar (RF) precisa levar os seguintes documentos o CPF, de preferência, ou Título de Eleitor. Somente as famílias indígenas e quilombolas são dispensadas dessa obrigatoriedade e podem apresentar qualquer outro documento.

Para as demais pessoas da família: o RF deve apresentar pelo menos um desses dos documentos para cada componente familiar: CPF, de preferência; ou Certidão de Nascimento; ou Certidão de Casamento; ou Certidão Administrativa de Nascimento do Indígena (RANI) – para indígenas que possuem apenas esse documento; ou Carteira de Identidade – Registro Geral de Identificação (RG); Carteira de Trabalho e Previdência Social; ou Título de Eleitor.

Uso de aplicativos

O usuário poderá verificar se seus dados cadastrais estão atualizados ou não pelo aplicativo do Cadastro Único ou na versão web através do endereço cadunico.cidadania.gov.br. Para atualização é necessário estar logado no Gov.BR. Dentro do aplicativo ou na versão web é exibida a opção de Atualização Cadastral por Confirmação.

O aplicativo pode ser baixado por meio das lojas de aplicativos Apple Store e Play Store ou acessado na sua versão web através do endereço cadunico.cidadania.gov.br.

Share This