141 emissoras de TV e 5.200 de rádio se unem em defesa de suas principais reivindicações

*Por Paulo Miranda

Fundada em agosto de 1997, a TV Comunitária de Brasília vai completar 26 anos de existência e tem sido uma voz importante para a comunidade local, oferecendo uma plataforma para que os moradores de Brasília possam se expressar e compartilhar suas ideias e preocupações.

Ao longo dos anos, a TV Comunitária de Brasília tem fornecido uma programação diversificada e informativa, cobrindo notícias locais, esportes, cultura e manifestações sindicais. Além disso, a TV tem dado destaque para temas relevantes à comunidade, como saúde, educação e meio ambiente.

A TV Comunitária de Brasília é um exemplo inspirador de como os meios de comunicação podem ser usados para promover o diálogo e a participação cívica.

Porém, elogios e parabéns não pagam as contas do canal nem colaboram com a produção de seus abnegados colaboradores, com mais de 400 programas de tevê por ano.

Uma Escola de Comunicação

Ao longo de sua existência, a TV Comunitária de Brasília oferece o acesso público também para quem quer aprender as técnicas televisivas. A Escola de Mídia Comunitária – TV em Movimento é uma iniciativa louvável que visa capacitar indivíduos e grupos para a produção de conteúdo audiovisual comunitário, dando voz e visibilidade às comunidades e grupos menos representados nos meios de comunicação tradicionais.

Ao oferecer cursos e oficinas de produção audiovisual, a TV em Movimento permite que pessoas de diversas idades, origens e formações possam aprender as técnicas necessárias para produzir vídeos e documentários com qualidade profissional, abordando temas relevantes para suas comunidades.

A iniciativa também é importante por proporcionar uma formação mais ampla, ensinando sobre ética, cidadania, comunicação e direitos humanos, o que contribui para uma sociedade mais crítica e participativa.

A TV em Movimento é um exemplo de como a mídia pode ser uma ferramenta poderosa para a inclusão social e para a promoção da diversidade e da igualdade de oportunidades.

Apesar da ausência de uma política nacional de incentivo, valorização e financiamento, as lideranças de rádios e tevês comunitárias não estão sentadas chorando no meio fio. Estão indo à luta e esperam que o Governo Lula 3 siga os preceitos da Constituição que prevê a regionalização da comunicação brasileira.

As 141 emissoras de tvs comunitárias do país, sendo uma a ComBrasil, via satélite para mais de 50 milhões de brasileiros, e as 5.200 rádios comunitárias estão unidas e trabalhando juntas em prol de suas principais reivindicações. Inclusive, nestes dias, o Sindicato dos Professores do DF está sediando a Plenária Nacional da ABRAÇO Brasil – Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária.

Conheça as propostas que unificam o campo da comunicação comunitária

:

  1. Instituição de uma política nacional de comunicação comunitária no país.
  2. Veiculação de publicidade institucional do governo federal nas emissoras comunitárias, a fim de dividir o bolo publicitário formado por impostos de todos os brasileiros.
  3. Recriação da Frente Parlamentar Mista de Defesa das Rádios e TVs Comunitárias.
  4. Direito de veicular propaganda comercial até seis minutos por hora.
  5. Alteração do Decreto de nº 2.615/98 que prejudica as rádios comunitárias.
  6. Alteração da Lei nº 12.485/2011 que prejudica as tevês comunitárias.
  7. Incentivo á criação do Canal da Cidadania em todas as cidades do país, conforme prevê o Decreto 5820/2006, a fim de municipalizar a comunicação brasileira e gerar emprego para mais de 150 mil comunicadores populares, jornalistas e radialistas profissionais.
  8. Investimento público na Telebras para oferecer banda larga de qualidade e gratuita.
  9. E criação de aplicativos com o domínio social dos algoritmos, a fim de combater a rede do ódio, do negacionismo, do nazifascismo e do analfabetismo midiático.

*Jornalista e presidente da TV Comunitária de Brasília.

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