A manifestação é o 1º ato da greve deflagrada pela categoria, em resposta à falta de diálogo e atendimento das reivindicações junto ao Governo do Distrito Federal
Paralisação reúne cerca de 800 médicos – (crédito: Material cedido ao Correio)
Na manhã desta terça-feira (3/9), cerca de 800 médicos do serviço público do Distrito Federal iniciaram uma paralisação em frente a sede da Secretaria de Saúde (SES/DF). A manifestação é o 1º ato da greve deflagrada pela categoria e visa chamar a atenção das autoridades e da população para a atual crise na saúde pública do DF, de acordo com representantes do movimento.
Segundo o SindMédico do DF, a paralisação “é uma medida extrema adotada após sucessivas tentativas de negociação com o Governo do Distrito Federal, sem sucesso”. Gutemberg Fialho, presidente do sindicato da categoria, afirmou que a greve foi o recurso que restou. “Não é só a situação de trabalho do médico que está ruim, é o próprio SUS (Sistema Único de Saúde) que está desmoronando no DF”, destacou.
A greve seguirá de forma indefinida até que o GDF aceite dialogar com o SindMédico/DF, conforme frisou a entidade, enfatizando que aguarda uma proposta satisfatória para atender às demandas da categoria. “Reforçamos nosso compromisso com a saúde da população e pedimos a compreensão dos pacientes afetados por essa situação”, disse Gutemberg Fialho.
As reivindicações dos médicos incluem melhores condições de trabalho, com mais investimentos no SUS; concurso para preenchimento dos postos de trabalho vagos; preferência na escolha do local de lotação em função da classificação no concurso público; cumprimento da portaria de realização de concurso de remoção concomitante às novas nomeações; concurso para mudança de especialidade mediante consonância com as necessidades do sistema público de saúde do DF; e reformulação do plano de carreira, cargos e salários dos médicos do GDF.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a greve foi considerada ilegal pela Justiça do Distrito Federal. “A pasta entende que, em um regime democrático de direito, é legítima a luta sindical. Destacamos que o GDF tem envidado todos os esforços, mantendo o diálogo frente às demandas da saúde”, disse.