Por Kelly Jenyfer – @kellyjenyferjornalista

O programa TV Bancários de quinta-feira (6/0/25), apresentado pelo jornalista Paulo Miranda, abordou o ato do Sindicato que celebrou o Dia Internacional de Luta das Mulheres no dia 8 de março, contra o machismo, racismo e fascismo.

Para discutir esse tema, Miranda recebeu a secretária da Mulher da CUT-DF, Thaísa Magalhães; a militante do MST, Alessandra Farias; e a professora da UnB e dirigente da ADUnB, Maria Luiza.

De acordo com Thaísa Magalhães, no ato do dia 8 de março, ocorreram diversos debates sobre pautas tradicionais, como a dignidade da mulher, a legalização do aborto, o direito ao trabalho digno e a igualdade salarial.

“Temos um índice alarmante de feminicídio e, infelizmente, não vemos respostas do governo do DF para a diminuição desse índice. Mas a luta das mulheres no Distrito Federal contra as violências continua”, enfatiza.

A secretária da Mulher da CUT-DF, Thaísa Magalhães, compartilha que está há oito anos participando do ato unificado no DF. “São diversos coletivos entre organizações e entidades que se reúnem entre dezembro e fevereiro para tentar sintetizar esse ato, que se tornou tradicional no Dia da Mulher, promovendo a abertura da sociedade civil organizada nas ruas”, afirma.

“Na Torre de TV, onde foi a concentração, tivemos rodas de conversa e atividades culturais”, completa.

Segundo a militante do MST, Alessandra Farias, os desafios enfrentados pelas mulheres no campo hoje são diversos. “O enfrentamento aos agrotóxicos é uma luta que não é de hoje. Além das muitas violências que ocorrem não só no campo, mas também nas cidades. Temos enfrentado o agronegócio, que é o grande vilão, atentando contra a vida e os direitos da classe trabalhadora no campo, o que inclusive impede a realização da reforma agrária no país”, pontua.

Maria Luiza, professora da UnB, ressalta que a universidade é um recorte da sociedade como um todo. “Ser docente e mãe, assumindo as tarefas de cuidado da família, além de produzir conhecimento com qualidade socialmente reconhecida, capaz de transformar realidades e trazer para a universidade as pautas do DF, é sempre uma arte para nós mulheres e também um desafio”, menciona Maria Luiza.

A professora ressalta a importância de reconhecer que a questão do assédio está presente, assim como a sobrecarga de trabalho para as professoras. “Este ano, temos um grande desafio diante do Congresso Nacional, que tem travado significativamente as políticas públicas anunciadas pelo governo Lula”, diz.

Thaísa Magalhães destaca que, ao falarmos sobre as violências que as mulheres sofrem, estamos nos referindo ao acúmulo de violências que a sociedade impõe.

“Somos um país onde muitas famílias têm apenas a mãe para cuidar de tudo. Temos a sobrecarga de trabalho e a responsabilização de lidar com uma sociedade que exige um acúmulo de tarefas, que deveriam ser remuneradas e não são, como os trabalhos de cuidados, educação e trabalho doméstico, além do trabalho formal”, evidencia.

Acompanhe esse bate papo completo aqui: 

https://www.youtube.com/live/GUcS2j177_c

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