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Livro que trata do sistema financeiro da China e do BRICS é destaque no Letras & Livros

Por Kelly Jenyfer – @kellyjenyferjornalista

Transmitido ao vivo na terça-feira (08/04), o programa Letras & Livros, apresentado pelo escritor e jornalista Pedro César Batista, contou com a presença do escritor Marcello Azevedo, para falar sobre seu recém-lançado livro As Finanças do Dragão: o Sistema Financeiro Chinês. A obra é fruto de um trabalho de pesquisa realizado como tese de doutorado entre 2020 e 2023.

Na ocasião, ele também abordou questões relacionadas ao BRICS.

O doutor em Relações Internacionais, Marcelo Azevedo, destaca que essa obra literária é uma oportunidade de discutir a China e seu sistema financeiro. O livro pode ser encontrado no site da editora Dialética e também na Amazon. “É um livro que abre muitas portas para quem deseja estudar a China, pois minha tese é construída a partir de documentos chineses e ajuda, de certa forma, a compreender como eles se veem e como projetaram seu desenvolvimento”, explica.

Marcelo Azevedo, que também é ex-funcionário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, ressalta que o sistema chinês nos ensina que o financiamento público é o único capaz de gerar desenvolvimento. “A tecnologia é a grande arma dos chineses hoje, não apenas para competir no mercado internacional, mas também para gerir o próprio Estado chinês. Não existe um modelo único de desenvolvimento econômico padrão para todos os países, é necessário levar em conta a formação econômica e social específica de cada um”, enfatiza.

Sobre o BRICS, Azevedo menciona que ele é importante não apenas como um espaço financeiro, mas também como um espaço político. “É um espaço onde os países conseguem obter empréstimos em moeda forte. Além disso, o BRICS promove duas colaborações: primeiro, ele internacionaliza a utilização de outras moedas, e não apenas do dólar, o que, de certa forma, diminui a hegemonia monetária estadunidense”, pontua.

O escritor e doutor em Relações Internacionais relata que é possível, por exemplo, obter um empréstimo em moeda nacional chinesa para contratar obras na China. “Podemos contratar empréstimos, por exemplo, em moeda russa para comprar aviões na Rússia. Assim, acabamos com a hegemonia de que todo o mercado internacional gira em torno do dólar, do euro e do iene japonês”, esclarece.

O convidado da edição Marcelo Azevedo diz ainda que esse sistema possibilita que, através da concessão de créditos em moedas nacionais, os países tenham a capacidade de financiar compras estratégicas para seu desenvolvimento. “Por isso o BRICS está atraindo tanta gente. É um espaço onde os países conseguem crédito que permite financiar o desenvolvimento nacional, algo que eles sozinhos, em suas estruturas bancárias, não conseguiriam”, afirma.

Saiba mais sobre todos os assuntos abordados nessa edição clicando aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=Y3PNy2WrvtU

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