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Música, literatura, audiovisual e cultura popular são temas discutidos na 17ª edição do Viva a Arte

Por Kelly Jenyfer – @kellyjenyferjornalista

No programa Viva a Arte de quinta-feira (15/05), o multi-instrumentista Boréu recebeu o músico Edmilson Figueiredo para compartilhar com os telespectadores sua trajetória na música, na literatura, no audiovisual e na cultura popular. Este programa é uma parceria da TV Comunitária com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e faz parte da 5ª edição do projeto Brasília Mostra Sua Cara e Cultura.

Logo no início, o apresentador Boréu enfatiza que durante todo o mês de maio, o programa está sendo dedicada ao falecido violonista Félix Junior. Na ocasião, Edmilson agradece à TV Comunitária e ressalta que esse projeto Viva a Arte é de suma importância. “O companheiro Paulo Miranda precisa de todo o nosso apoio, porque manter essa resistência é algo impressionante e não é fácil”, destaca.

Edmilson Figueiredo interpreta, junto com Boréu, a música Mãe da Mata e compartilha que dentro de sua contação de histórias, ele aproveita para realizar um trabalho de conscientização. “Herdei da minha avó paterna indígena uma conexão profunda com a natureza, com modos de ser e estar no mundo que valorizam sabedorias e conhecimentos ancestrais e, do meu avô português, o gosto pela culinária, viagens e aventuras”, compartilha.

Figueiredo é autor de Dores Perfuradas (1981) e Temas Icásticos (1978), além de coautor de várias antologias poéticas, como Mexidão Poético (da 2ª à 5ª edição) e três antologias pelo Coletivo de Poetas, incluindo a edição bilíngue Linguagens (português e espanhol), lançada em 2018. “Em todas as minhas músicas, trago à tona a questão da resistência que se deve ter para a preservação ambiental”, enfatiza.

Durante a edição, o músico fez uma homenagem a um de seus trabalhos, intitulado Encantados das Amazônias. “Eu abro esse trabalho cantando Os Povos das Florestas, que são formados pela população ribeirinha, pelos castanheiros que coletam castanhas, pelos seringueiros e pelos povos originários. São eles quem proliferam as boas sementes da região”, afirma.

Edmilson Figueiredo relata que teve a oportunidade de morar em diversos cantos do mundo, mas prefere ficar em Brasília. “Essa cidade é multiversa. Somos um encontro de todos os povos do Brasil e a mais brasileira de todas as cidades é Brasília, então eu canto a Amazônia aqui sem o menor problema. É a mesma coisa de eu estar cantando para o meu povo lá no Acre. A cultura foi feita para ser diversa”, reforça.

 

 

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