Resgatar o Brasil para os brasileiros
O Brasil atravessa um
dos momentos mais difíceis de sua história desde a declaração de independência,
em 7 de setembro de 1822, há 199 anos.
São quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados, outros 6
milhões de inativos que precisam de um emprego e mais 7 milhões ocupados de
forma precária. Inflação alta, carestia e fuga de investimentos. Aumento da
fome e da miséria, crescimento da violência, insegurança alimentar e social.
Escalada autoritária e uma calamitosa gestão da pandemia do coronavírus. Sem
falar nas crises ambiental, energética, entre tantas outras.
Ao invés de agir para resolver os problemas, que são decorrentes ou agravados
pelo caos político que se instalou em Brasília na atual gestão, o governo os
alimenta e os utiliza para atacar os direitos trabalhistas, precarizando ainda
mais o já combalido mercado de trabalho.
O próprio presidente se encarrega de pessoalmente gerar confrontos diários,
criando um clima de instabilidade e uma imagem de descrédito do Brasil. E ele
ainda tem o desplante de culpar as medidas de contenção do vírus pelo
fechamento de postos de trabalho, ignorando que a pandemia já matou
precocemente quase 600 mil brasileiros!
Ninguém aguenta mais. Vivemos no limiar de uma grave crise institucional. A
aparente inabilidade política instalada no Planalto que acirra a desarmonia
entre os poderes da República, esconde um comportamento que visa justificar
saídas não constitucionais e golpistas.
Quem mais sofre com esta situação dramática é o povo trabalhador, cada vez mais
empobrecido e excluído, e cada vez mais dependente de programas sociais que,
contraditoriamente, encolhem.
O país não pode ficar à mercê das ideias insanas de uma pessoa que já
demonstrou total incapacidade política e administrativa e total insensibilidade
social. É preciso que o legislativo e o judiciário em todos os níveis, os
governadores e prefeitos, tomem à frente de decisões importantes em nome do
Estado Democrático de Direito, não apenas para conter os arroubos autoritários
do presidente, mas também que disponham sobre questões urgentes como geração de
empregos decentes, a necessidade de programas sociais e o enfretamento correto
da crise sanitária.
Esse movimento dever ser impulsionado pela sólida união dos trabalhadores e
suas entidades representativas, bem como por todas as instituições
democráticas, a sociedade civil organizada, enfim, todos os cidadãos e cidadãs
que querem redirecionar nosso país para uma trajetória virtuosa em benefício do
povo. Para isso precisamos, antes de tudo, lutar contra o desgoverno que ocupa
a presidência da República!
Que a Semana da Pátria consagre, pela via da luta firme e decidida de todo
povo, um Brasil que quer seguir como uma nação, democrática, plural, terra de
direitos, capaz de pavimentar um futuro de liberdade, soberania, justiça social
e cidadania para todos!
#ForaBolsonaro
São Paulo, 30 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de
Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe
Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical instrumento de Luta