Apresentado por Pedro Ivo, o Bate Papo Ecológico da sexta-feira (22) recebeu Consolacion Uldri, do Instituto Oca do Sol, e Claudia Passos, da Teia Carta da Terra, para falar sobre o Dia da Terra, uma data para lembrarmos que a Terra é o nosso lar e o de várias outras espécies, portanto, ela merece ser preservada por todos nós.
Essa data de 22 de abril é um dia instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), de suma importância para refletirmos como nossas ações impactam negativamente na vida no nosso planeta. Além disso, é um momento para cobrarmos das autoridades que estão no poder, por medidas mais eficientes de preservação da natureza e da vida humana na Terra.
De acordo com a Consolacion Uldri, o termo Mãe Terra só veio ser nominado e aceito pela Assembleia das Nações Unidas em 2009, sob o movimento da América Latina da Cúpula dos Povos, anteriormente se tratava como Dia da Terra. “Assumimos a partir de 2009 o Mãe-Terra dá um sentido de irmandade e fraternidade”, pontua.
Uldri explica que a terra tem vários sentidos bastante profundos. Segundo ela, o primeiro é que a Terra não é sólida, ela é mãe, é vida; já o segundo é a fraternidade. “Somos todos irmãos, mas que todos são esses? É toda a comunidade de vida, é toda e qualquer vida sobre a terra, não são só os seres humanos. Todos nós temos a mesma matriz genética desta mãe”, explica.
Segundo Claudia Passos da Teia Carta da Terra, não existe conexão mais profunda do que um laço entre mãe e filhos. “No contexto da Teia e da Carta da Terra, eu sempre busco fazer um trabalho que tenha relação com uma nova forma de se relacionar com o próprio planeta”, afirma.
“Eu acho que estamos muito tempo afastados desse relacionamento íntimo com o planeta e isso tem muito a ver com o patriarcado. O resgate de se perceber a Terra como mãe, é um movimento de mudança de um sistema para outro, em prol de uma vida onde todos estejam envolvidos no bem comum”, completa.
Claudia Passos comenta que ao assistir uma reportagem que falava sobre o alto nível de ansiedade que jovens estão vivenciando por causa de uma percepção de aceleração do processo, ela percebeu que eles não têm uma perspectiva de como poderiam se portar diante a vida. “Isso tudo mostra uma fissura da nossa forma de nos relacionarmos com o mundo e que precisamos olhar pra ele, para que possamos nos reintegrar e nos tornar potentes diante a vida”, destaca.
Ao final da edição, Claudia Passos reforça aos professores e educadores para que olhem para a Carta da Terra. “Ela trabalha os quatro princípios do conjunto de valores. É um documento orientador fantástico para se construir um excelente projeto político pedagógico. Aproveitem esse recurso que foi construído com a conexão da mente e do coração para podermos transitar e manifestar um novo mundo”, enfatiza.
Assista todos os detalhes abordados nesta edição aqui: