Apresentado pelo jornalista Pedro Cesar Batista, o programa Letras e Livros, de 22 de abril, conversou com o poeta brasiliense de Planaltina, professor de Literatura e Língua Portuguesa, Alan Araújo da Silva. O poeta conta que começou a escrever como uma forma de extravasar suas emoções e destaca que escrever é um exercício libertador.
“A escrita me liberta um pouco das minhas angústias e ansiedade. Só o fato de eu expor minhas ideias, já acho que é super válido escrever”, enfatiza Alan Araújo. O poeta deixa uma recomendação para as pessoas quando estiverem se sentindo angustiadas(os). “Toda vez que você sentir indignação com alguma coisa e não tiver ninguém para te ouvir, pegue um caderno ou celular e escreva, mostrando seu ponto de vista e indignação” menciona.
O professor e poeta revela que quando está ministrando aulas, sua função é dar luz a algo que está obscuro. “Durante as aulas eu apresento poemas que tem a ver com os meus poemas, mas não levo diretamente minhas obras. Deixando, assim, as aulas serem bastante impessoal”, explica. Alan Araújo diz que em suas aulas fala sobre Lima Barreto, Oswald de Andrade, Aluísio Azevedo, entre outros.
Alan Araújo relembra que as bancas de jornais e livrarias estão falindo. Segundo o poeta, somos um país que não dá tanto valor as letras. “Qualquer meio que possa ser divulgado e difundido a literatura e a poesia é bem-vindo. A Semana de Arte Moderna por exemplo, ajuda a explicar esse Brasil um pouco vira lata que quer se desprender e libertar”, afirma.
Segundo o professor e poeta Alan Araújo, atualmente o Brasil vive em um governo que ataca a cultura. “Temos um governo que veta uma lei de Paulo Gustavo de incentivo a cultura, um governo que através da Lei Rouanet promove o lançamento de um livro sobre a história das armas no Brasil. Eu olho com bastante preocupação a cultura e o meio ambiente hoje”, lamenta.
Ao
final da edição, o poeta e professor diz para a sociedade acreditar naquilo que
elas professam como fé. “Estamos vivendo um momento que é preciso reafirmar
nossos valores e escolhas. Temos que ser fiéis a nossas escolhas, mas a gente
não tem que ter medo de mudar”, reforça.
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