Ancorado pelo influenciador digital Wallace Neguerê, o programa Povo Negro recebeu, em 26 de abril, o bancário e militante do movimento negro Josibel Rocha, para falar da vida do negro no Distrito Federal.
Josibel foi funcionário do Sindicato dos Bancários de Brasília onde fez parte da primeira equipe do Teatro dos Bancários. Ele trabalhou no Sindjus e foi divulgador dos agitos culturais nos bares da cidade nos tempos dos panfletos meio-ofício. Além disso, foi conselheiro da APCEFDF e trabalhou no Programa Sem Miséria na gestão Dilma Rousseff.
Em relação ao racismo, Josibel diz que muita coisa mudou da sua época para os dias atuais. Ele conta que hoje entende e aprendeu que infelizmente ainda existe a questão do racismo estrutural. “É muito difícil para o negro conseguir cargos de prestígio social. Eu estudei, me preparei, e passei em um concurso público. Sei de toda a minha capacidade, mas para eu conquistar um cargo dentro da esfera pública, é foi difícil”, lamenta. “Mais difícil ainda é me tornar um executivo de um grande banco. Percebi que os negros também não têm oportunidade para os cargos de prestígio social”, completa.
O militante do movimento negro Josibel rocha conta ainda, que começou a trabalhar aos 14 anos de idade como office boy da Caixa Econômica e está na militância política há mais de 32 anos. Sua primeira experiência no Movimento Sindical foi no Sindicato dos Bancários em 1992. “Trabalhei no Sindicato do Judiciário, onde fiz um trabalho de reconstrução da entidade, também trabalhei na 1ª equipe do Sindicato dos Bancários. Eu aprendi muito com figuras do movimento negro”, afirma.
Josibel rocha cita alguns avanços do Movimento Negro Unificado (MNU). “Eles conseguiram vitórias históricas para a população negra, conseguiram o estatuto da igualdade racial, política de cotas, a criminalização do racismo no Brasil que está na Constituição Federal, etc. São avanços, mas precisamos de mais, e principalmente, coibir a violência contra a juventude negra no Brasil”, enfatiza.
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